Depois de ter contado um pouco sobre os pensadores franceses mais estudados no Brasil, hoje vamos falar sobre as vantagens de falar francês para quem estuda Filosofia!
A filosofia e a língua francesa têm tudo a ver! Para entrar no clima da filosofia, podemos dizer que elas mantêm uma relação dialética. Isso significa que elas se retroalimentam no sentido de se complementar e desenvolver elementos novos a partir da sua própria relação. Berço dos filósofos mais influentes do mundo, a cultura francesa inevitavelmente teve muita influência da filosofia no desenvolvimento da linguagem e do comportamento francês ao longo dos séculos. O raciocínio cartesiano, racionalista e questionador dos franceses deriva totalmente dessa cultura filosófica que se instalou desde o século XVII no país.
Para os filósofos portanto, saber francês faz toda a diferença na interpretação das obras e principais conceitos de todos os autores franceses da área.
Falando em cartesiano, nada mais justo do que lembrar dos filósofos franceses mais importantes de todo o período da Modernidade, até a contemporaneidade, com a ajuda do site La Philosophie.
Filósofos modernos:
- René Descartes: Fundador do cogito (“Penso, logo existo”, do latim Cogito, ergo sum)
- Montaigne: Representante do Humanismo renascentista
- Blaise Pascal: Criador do Existencialismo e da reflexão sobre a condição humana
Filósofos do Iluminismo:
- Montesquieu: Pensador da separação dos poderes
- Jean-Jacques Rousseau: Pensador da democracia
- Diderot: Fundador da Enciclopédia
- Voltaire: Filósofo da tolerância
- Marquis de Sade: Escritor libertino
Filósofos franceses do século XIX:
- Bergson: Pensador da energia vital
- Durkheim: Criador da sociologia holística
- Comte: Fundador do Positivismo
- Tocqueville: Observador da democracia
Filósofos contemporâneos:
- Alain: Pensador cartesiano, associado ao racionalismo
- Gaston Bachelard: Epistemólogo
- Jean Baudrillard: Pensador da sociedade de consumo
- Jean-Paul Sartre: Existencialista
- Albert Camus: Pensador do absurdo
- Simone De Beauvoir: Existencialista e feminista
- Vladimir Jankélévitch: Pensador da morte e moralista
- Emmanuel Lévinas: Filósofo moral
- Claude Lévi–Strauss: Criador do estruturalismo
- Gilles Deleuze: Filósofo associado à french theory
- Pierre Bourdieu: Sociólogo marxista, criador da sociologia dos campos
- Maurice Merleau-Ponty: Fenomenólogo
- Guy Debord: Pensador das mídias e da sociedade do espetáculo
Estudar filosofia na França!
A França é internacionalmente reconhecida pela qualidade do seu ensino superior. As formações em Ciências Sociais, como é o caso de Filosofia, desenvolvem capacidades analíticas, de leitura e habilidades de expressão oral e escrita.
Para os filósofos, aprender francês e estudar filosofia na França é um sonho, quase uma explosão de conhecimento, imersa na cultura e língua francesa. Seja através de um intercâmbio acadêmico ou de uma candidatura individual, existem diversas oportunidades para os brasileiros de realizarem o sonho de estudar filosofia na França.
Os estudos de filosofia se dividem em três partes. Os três primeiros anos constituem a Licence (Graduação). O quarto e o quinto ano podem ser de Master Professionnel (especialização) ou de Master Recherche (Mestrado). Em seguida, os três próximos anos são de Doctorat (Doutorado).
Em Paris, as principais formações de filosofia acontecem na UP1 – Université Panthéon Sorbonne, na UP4 – Sorbonne Université e na UP10 – Paris Nanterre, onde Lévinas e Baudrillard, filósofos que comentamos acima, lecionaram.
Fora da capital, existem também ótimos cursos de filosofia na Université de Lille, na Université Lyon 3 – Jean Moulin, na Université de Strasbourg e na Université de Rennes 1.
On commence ?
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